Melhorar a aparência das orelhas é o desejo de muitas pessoas, de jovens a idosos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), características como orelhas em abano estão presentes em até 5% da população mundial. Mas graças à otoplastia, esse e outros problemas podem ser facilmente tratados, recuperando a autoestima dos pacientes e dando um basta às piadas que estão cansados de ouvir.
Neste artigo, escrito sob a orientação do Dr. Fábio Zanini, otorrinolaringologista especialista em otoplastia e membro da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face (ABCPF), vamos mostrar alguns dos principais alcances desse tipo de cirurgia. Continue a leitura e descubra sua versatilidade!
Quais procedimentos podem ser realizados em uma otoplastia?
A otoplastia (mais conhecida como cirurgia plástica de orelha) resolva uma série de problemas. Entre as melhorias, pode-se citar a correção de orelhas em abano, a restauração de lóbulos, a remoção de queloides e a retirada de nódulos.
Orelhas em abano
A correção de orelhas em abano, especialmente as muito grandes e salientes, é a principal razão pela qual as pessoas desejam fazer uma otoplastia. A cirurgia pode alterar não apenas seu formato, mas também o tamanho e posicionamento no crânio. As cicatrizes, por sua vez, são discretas, ficando escondidas atrás das orelhas.
Esse tipo de cirurgia é realizado a partir dos 7 anos, com o intuito de preservar a criança de chacotas (comuns na fase escolar). Mas para comprovar a real necessidade da otoplastia, o paciente precisa passar pela avaliação do otorrinolaringologista.
Restauração de lóbulos
Os lóbulos são fundamentais para a jovialidade da orelha. No entanto, a flacidez dos tecidos, decorrente do avanço da idade, costuma levar a alterações no seu comprimento (alongamento) e formato (enrugamento).
Para resolver o problema, a cirurgia corretiva utiliza uma técnica bem simples. O objetivo é deixar o lóbulo com, cerca de, 25% do comprimento da orelha.
Muitas vezes, a restauração dos lóbulos é feita em associação à cirurgia de rejuvenescimento facial (também chamada de ritidoplastia ou lifting facial). Em outros casos, é usada para corrigir sequelas de cirurgias que os deixaram inadequadamente presos à face.
Remoção de queloides
O uso de brincos ou piercings pode levar à formação de queloides nas orelhas. Às vezes, só é possível removê-los cirurgicamente.
Para isso, primeiro é preciso eliminar os fatores que desencadearam o problema. Depois é feita a cirurgia, por meio de uma técnica chamada “debuking” (sem que as incisões atinjam a pele saudável, sendo feitas apenas em torno do queloide).
Em seguida, são injetados medicamentos para prevenir uma recidiva, bem como colocados curativos oclusivos de silicone. Após a retirada dos pontos, podem ser usados brincos de pressão, pois a compressão mecânica é especialmente eficaz em tratamentos de queloides nos lóbulos.
Retirada de nódulos
Caso o caroço seja um cisto sebáceo (nódulo benigno, composto por sebo) ou um lipoma (nódulo também benigno, mas formado por células de gordura), é possível fazer uma pequena cirurgia para removê-lo. Porém, outros tipos de nódulos podem exigir outras abordagens — conforme recomendação do médico responsável.
Como é o pós-operatório da otoplastia?
Como a anestesia para a realização da otoplastia é local, a permanência na clínica não excede 24 horas. Dessa forma, no dia seguinte o paciente já pode ir para casa. O período imediatamente posterior à cirurgia plástica nas orelhas pode gerar um certo incômodo, o qual é aliviado com analgésicos comuns (prescritos pelo médico).
Os pontos costumam ser retirados em até 2 semanas. Já os curativos devem ser mantidos por 30 dias, em média. Eles variam em função da idade e estilo de vida do paciente:
- em crianças, principalmente, pode ser necessário usar uma espécie de touca nos primeiros dias, para evitar traumas locais;
- a maioria dos pacientes utiliza faixas parecidas com as usadas por jogadores de tênis (ou um curativo do tipo envoltório, com faixa de crepe), também com o intuito de prevenir acidentes.
Durante o pós-operatório, deve-se evitar a exposição ao sol, vento e friagem por um período de 20 dias. Atividades escolares e profissionais podem ser retomadas em torno de uma semana e a prática de esportes em 30 dias, desde que não coloquem o local operado em risco, como jiu-jitsu (nesse caso, é preciso aguardar 3 meses).
Por fim, o otorrinolaringologista — desde que especializado em cirurgias plásticas da face — pode acompanhar o paciente durante todo o processo, da primeira consulta ao pós-operatório. Mas para o sucesso do procedimento, busque por um profissional com especialização em otoplastia. Afinal, em uma área tão visível quanto as orelhas, espera-se que o resultado seja o mais natural possível!
Viu só quantos tipos de tratamentos podem ser feitos por meio de uma cirurgia simples como a otoplastia?
Caso ainda tenha dúvidas sobre esse tipo de procedimento, bem como suas aplicações, entre em contato. Minha equipe está à disposição para esclarecê-las!